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Registros datados de 1790 narram o fim do ciclo do ouro na região denominada Arraial de Ouro Fino, distrito de São Pedro. Esse declínio gerou o êxodo de garimpeiros em busca de novas atividades, principalmente a pecuária e a agricultura.
A corrida por boas terras impulsionou a colonização da área localizada ao pé do Morro Pelado e às margens do Rio das Pedras, então coberta por densa mata.
Por volta de 1819, os primeiros moradores instalaram-se na região, construindo moradias simples e comunicando-se por trilhas abertas na mata. Esse núcleo inicial, embrião de Monte Sião, recebeu em 1823 a denominação de Bairro do Eleotério.
Com a formação da Capela de Nossa Senhora do Socorro e a demarcação de suas divisas, grande parte das terras do Bairro do Eleotério passou à jurisdição eclesiástica, o que desagradou autoridades da vizinha Freguesia de São Francisco de Paula de Ouro Fino.
Entre as primeiras lideranças destacaram-se o Major Antônio Bernardes de Souza, o Tenente Joaquim Vaz de Lima, Francisco Rodrigues da Costa e Francisco Nogueira Bastos, responsáveis pela manutenção da ordem pública e administrativa.
O Major Antônio, aos 35 anos, tornou-se a principal liderança local, liderando o movimento pela construção de uma capela no povoado, necessária diante das frequentes enchentes do Rio Mogi, que dificultavam o acesso até Ouro Fino.
No dia 29 de março de 1849, o Major Antônio alcançou seu objetivo: a comunidade recebeu autorização para erguer uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição da Medalha Milagrosa.
Nascia assim Monte Sião, nome sugerido por missionários franciscanos que compararam o Morro Pelado ao Mont Sion, em Jerusalém.
A partir de 1887, a imigração italiana trouxe novo impulso às atividades rurais, especialmente ao cultivo do café.
Simples e esperançosos, os imigrantes marcaram uma nova fase de desenvolvimento agrícola. Em 1889, com a Proclamação da República, Monte Sião passou a integrar a recém-instalada comarca de Ouro Fino.
Com a República, foram criados os Conselhos Distritais, cujos membros eram eleitos pelo voto direto para mandatos de quatro anos, com funções semelhantes às de uma subprefeitura.
Nesse contexto, Monte Sião ingressou no século XX elegendo Francisco Avelino Toledo de Lima como seu primeiro representante legislativo.
Em 1932, um movimento liderado pelo jovem farmacêutico Mário Zucato mobilizou civis e religiosos em prol da emancipação.
Após quatro anos de esforço, no dia 3 de novembro de 1936, Monte Sião tornou-se município, atendendo ao desejo de sua população.
Monte Sião é nacionalmente conhecida pela produção de tricô.
Até a década de 1980, mulheres da cidade produziam peças artesanalmente, aproveitando o fluxo turístico da região do Circuito das Águas.
Com a crescente demanda, surgiram pequenos negócios familiares, e, em seguida, a produção industrial de malhas. Esse processo levou a uma forte industrialização e consolidou o chamado “Circuito das Malhas”, envolvendo também cidades vizinhas.
Atualmente, Monte Sião é destino de milhares de turistas e lojistas de todo o Brasil.
Nos anos 1990, a cidade viveu um boom econômico que atraiu migrantes e multiplicou negócios, nem sempre estruturados. O excesso de mão de obra e de oferta levou à queda nos preços e à retração do setor.
No início dos anos 2000, porém, iniciou-se uma fase de reestruturação produtiva. Pequenos negócios familiares investiram em design e moda, fornecendo peças diferenciadas para grandes marcas nacionais e acompanhando tendências de moda em Paris e Milão.
Mais recentemente, Monte Sião inovou com a produção de peças em viscolycra para as estações mais quentes, garantindo movimento econômico mesmo fora da alta temporada.
Assim, a cidade mantém seu lugar como referência nacional em tricô e confecções, unindo tradição e inovação para sustentar seu crescimento.
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